A Clínica Freudiana é uma associação fundada em 1997, cuja finalidade é transmitir a Psicanálise e promover o estudo da Obra de Freud e Lacan. As questões com as quais temos nos deparado, em nossa atualidade, também têm sido objeto de estudos e debates constantes. Auxiliados por nosso referencial psicanalítico e por nossas incursões e interlocuções com as outras áreas do saber, temos desenvolvido nosso exercício clínico, bem como nossa formação.

Esta instituição é aberta a todos os que têm desejo de interrogar-se sobre questões referentes à Psicanálise e à contemporaneidade – o inconsciente e suas manifestações. Para tanto, propõe-se a apoiar a formação do psicanalista, oferecendo espaço para o estudo, a supervisão e a análise pessoal.

Nosso tema de trabalho, neste ano, terá como norte a contemporaneidade.
Assolados pelo momento social e cultural que estamos vivendo, nos debruçamos a estudar, pesquisar e possibilitar um espaço para trocas acerca de temas que nos causaram.
Iniciaremos nossas atividades partindo de um questionamento central do Por que Freud e Por que Lacan, na tentativa de explorar como esses dois autores nos guiam a pensar a teoria e a nossa prática ainda hoje atravessados por todo esse contexto.
O primeiro tema que iremos trabalhar será sobre a maternidade na sociedade contemporânea em que a ordem social é muito diferente daquela dos tempos de Freud, e a mulher se coloca além das fronteiras da maternidade e da relação amorosa. Sendo assim, a histeria precisou ser revista, bem como o que se entende por feminilidade. Nisso, Lacan avançou em relação à Freud.
“Deve renunciar à prática da psicanálise todo o analista que não conseguir alcançar em seu horizonte a subjetividade de sua época” (Lacan, 1998). Essa frase celebre irá nos guiar na discussão sobre a posição do psicanalista na Polis.
A clínica com crianças e adolescentes no contemporâneo escancara demandas cada vez mais exigentes, colocando-nos numa terra do nunca. A cerca da Deep e Dark Web na Adolescência iremos produzir indagações sobre os im-pactos na subjetividade sobretudo de crianças e adolescentes.
E por fim nos propomos a percorrer as questões que a Pandemia impôs à psicanálise e à nossa clínica e a pensar os impactos da crise sanitária na contemporaneidade e seus efeitos no corpo.
Esperamos que o fruto desse trabalho seja a construção de uma nova interlocução da psicanálise com as questões sociais.