Lacan, no resumo de seu Seminário de 1964-65, nos diz: "que o ser do sujeito é fendido, Freud só fez redizê-lo de todas as formas, depois de descobrir que o inconsciente só se traduz em nós de linguagem, que tem, pois, um ser de sujeito." Assim, como questão sempre relançada, temos o ser de linguagem enquanto falasser, falta-a-ser, esses os produtos do encontro de um corpo biológico com a cultura, com o Outro, com a linguagem.

A produção de um ser falante que se dá pela "perda" do ser, de uma pretensa essência. Eis algumas questões cruciais para o campo da Psicanálise: o corpo, o sexo, a sexualidade. Todas no âmago da teorização e clínica psicanalítica. Como o corpo se constitui a partir do campo da cultura ao longo da história? Como esse corpo se escreve no campo do sexo, no campo da sexualidade? Um percurso que nos fará aportar na questão contemporânea que se nos apresenta sob as mais variadas nomeações do corpo, bem como do gozo desse corpo. O que sou eu? De que corpo, de que sexo se trata?

De saída, poderíamos dizer que, mesmo com tantos avanços civilizatórios, nossos corpos, nossa sexualidade nos fazem trabalhar: nunca cessam de não se inscreverem.

Dia: Quarta-feira (semanalmente)
Horário: 19h15 às 21h00 
Início para o segundo semestre 02 de agosto de 2017
Local: Sede da Clínica Freudiana
Coordenação: Shnaider Alves Santos
Valor: 120,00 mensais